Muita gente resume dizendo simplesmente “é o telefone celular”. Na verdade, o que carregamos hoje ao nosso lado é um mundo interconectado por sinais eletrônicos, formando uma rede de informações que veio para revolucionar tudo, convenientemente chamada Internet.
Com um reforço aos cabos físicos, através de “enlaces aéreos” (conhecidos como Wi-Fi), a interligação entre os humanos tomou dimensões que ainda nem sabemos onde chegarão. Não é apenas som, como ensejaria um telefone, com a voz caminhando a 343 metros por segundo. É luz, na velocidade dela mesma... incríveis 300 milhões de metros por segundo!
Essa tecnologia, que nem é tão recente, foi aos poucos sendo disponibilizada à humanidade. Barracos onde, por vezes, falta um banheiro, contam com um aparelho celular. E a telefonia passou a ser apenas mais um item do fantástico aparelhinho. Já nem é o mais importante!
Você paga suas contas, fotografa qualquer momento, grava qualquer som, se orienta pelos caminhos, investe, recebe... Tudo através de programas que o aparelho docilmente aceita a instalação, hoje chamados de “aplicativos”.
As navegações terrestres, marítimas e aeroespaciais se tornaram muito mais eficientes. Alguns aplicativos se dispuseram a reunir em um só lugar todo o conhecimento gerado pela humanidade e hoje dispomos da informação de todas as enciclopédias já produzidas no mundo, além de algo ainda mais fantástico: de toda a informação que transita na imensa rede. O mais conhecido deles, chamado Google, é um universo à parte.
Na saúde, as transformações estão ocorrendo segundo a segundo. Hoje existem “aplicativos” que superaram o exame da mama para detectação do câncer (através de escaneamento por termografia), máquinas robotizadas que operam com precisão milimétrica, soluções instantâneas para diversos exames... um leque incrível!
E atualmente, como seria previsível, esse mundo vertiginoso vem se dedicando à introdução da moderna tecnologia no campo mais ambicioso do planeta; a inteligência humana. Chamada “artificial”, essa espécie de “regra três” dos neurônios traz imensas facilidades para a vida, na solução de problemas intrincados em frações de minuto.
Mas traz também uma questão ética ainda a ser resolvida: ao se retroalimentar com mais e mais informações, até onde poderão chegar essas máquinas neuronais? Estaríamos entrando em um campo desconhecido e dando origem a um conceito ainda mais espantoso, de criarmos uma “CA” – Consciência Artificial? E quais seriam as consequências advindas de tal feito?
São respostas para a nova geração de humanos, esta que já nasceu plugada aos infernais aparelhinhos que ainda insistimos em chamar de “telefone celular”...
