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Ano novo, tudo de bom e de prazer!

Ano novo! Abraços, beijos e desejos... Desejos de um novo ano mais feliz, mais prazeroso

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 08/01/2015 às 19:53Atualizado em 17/12/2022 às 01:56
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Ano novo! Abraços, beijos e desejos... Desejos de um novo ano mais feliz, mais prazeroso do que o anterior. Esta situação se repete a cada passagem de dezembro a janeiro e de cada indivíduo a indivíduo.

É como se cada um desejasse a seu semelhante: tenha muito prazer, ou mais prazer – sensação agradável, emoção ligada à satisfação de uma vontade ou de uma necessidade. O prazer também é a emoção agradável ligada à satisfação do exercício harmônico das atividades vitais.

Prazer é um agrado.

O contexto econômico, político, social, cultural e até mesmo religioso aponta sempre para o indivíduo, que é colocado no centro de tudo. Entretanto, o lado socioafetivo do homem tem sido esquecido e desvalorizado, assim como o altruísmo, a valorização do próximo, a ética, a preocupação com a política. Os sentimentos, os pensamentos a linguagem e as características individuais se formam porque os indivíduos estão inseridos em um ciclo de relações. A história e a cultura existem devido a um todo maior, a humanidade, que está acima de ideias e vontades individuais e do subjetivo.

Que individualismo é esse? O hedonismo – busca desenfreada pelo prazer e algo tão atual – é que explica tanta individualidade. O hedonismo é uma corrente filosófica que coloca o prazer como bem supremo da vida humana, onde o prazer tem sempre o objetivo de diminuir a dor, sendo o único caminho possível para a felicidade.

Após a mudança de um século e de mais um ano, já se pode perceber o lado negativo do hedonismo, ou seja, da busca do prazer apenas individual.

Sabe-se que tudo o que é extremo tem o lado negativo e a atualidade pede uma solução para os problemas que o século XX trouxe, de forma especial, o individualismo, fruto do hedonismo alienado, gerador da depressão pela falta de valorização do próximo, do outro.

Olhando em torno, quantos problemas a serem resolvidos? Quantas situações para se engajar, para construir um mundo melhor? Quantos não são os problemas de ordem social no Brasil? Entretanto, nem sempre tais problemas, o engajamento em situações ou lutas para a solução de conflitos trarão algum prazer ou diversão. O que se pode concluir é que esse tipo de tédio revela como as vidas estão se tornando vazias e como as pessoas estão se perdendo, perdendo seu lado humano, devido ao individualismo. O tédio expressa a falta de sentido na vida humana atual.

A busca por prazer e diversão como fuga do tédio leva o homem a se afundar cada vez mais em seu egoísmo, em seu individualismo, o que não lhe traz felicidade.

Que em 2015 o homem seja menos egoísta para ser mais feliz!

(*) Psicóloga Clinica

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