ARTICULISTAS

Adversidade e Resiliência

O que é impotência condicionada? É possível entender as reações humanas? Como explicar as reações do homem aos fatos da vida?

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:46
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O que é impotência condicionada?

É possível entender as reações humanas?

Como explicar as reações do homem aos fatos da vida?

Quais os elementos que preveem com maior precisão certos comportamentos?

Quais os elementos que mais influenciam a eficácia humana?

Que relação existe entre impotência condicionada e desempenho, otimismo, depressão e saúde?

Como explicar um rendimento melhor que o esperado quando a situação é crítica?

Como explicar o fato do aluno praticamente reprovado conseguir se recuperar?

Com o aperfeiçoamento cada vez maior da tecnologia de imagem e mapeamento do cérebro, os neurocientistas estão aumentando sua compreensão de como este órgão funciona e se comunica.

Na Mankato State University, neuropesquisadores descobriram um grupo de freiras que eram capazes de continuar hábeis e profissionalmente viáveis com mais de oitenta anos de idade. Elas doavam o cérebro à pesquisa científica, quando morriam, para que se realizassem estudos sobre sua duradoura lucidez. Os cientistas descobriram que ao se dedicar a passatempos que puxam pelo raciocínio como a música, o bridge e as palavras-cruzadas, essas freiras formaram novos caminhos, ou programações, até os últimos dias da vida. Essa capacidade de gerar novos hábitos proporciona agilidade, flexibilidade e adaptabilidade genuínas em um mundo em transformação.

Como são gerados os hábitos?

Será que os hábitos são gerados por programação?

Todos os dias executamos uma série de padrões programados de arrumação, banho, comunicação e alimentação – tudo sem pensar em como o fazemos. No entanto, se o cérebro não tivesse programado tais padrões, teríamos de constantemente voltar a percorrer os mesmos caminhos. A programação é a maneira à qual o cérebro recorre para se aprimorar, crescer e adaptar-se às exigências da vida.

Alguns padrões programados são personalíssimos e não geram consequências para o desempenho. Outros padrões exercem influência sobre uma série de fatores, entre eles o tempo de recuperação de cirurgias, o limiar da dor, a capacidade de resolver problemas, a competitividade, o otimismo, o processo decisório, o desempenho em vendas, a seleção de liderança, o desempenho em equipe, a agilidade na reação às mudanças, a flexibilidade, a persistência...

As pesquisas médicas estão apenas começando a reconhecer que esses padrões têm tanto poder, ou até mais, sobre a saúde do paciente quanto o tratamento recebido. A Dra. Lisa Aspinwell, da Universidade de Maryland, descobriu que, antes de uma cirurgia cardíaca, as pessoas com padrões de reação mais construtivos “tinham probabilidades de levantar-se, caminhar pelo quarto e voltar ao trabalho e às atividades mais rapidamente”.

O cérebro está equipado para programar modelos de pensamentos, emoções e comportamentos. Os modelos de programação são uma de suas grandes capacidades.

As programações do cérebro regulam o modo de reagir à adversidade. Ao se fortalecer, o cérebro altera a programação e a estrutura do comportamento.

E a resiliência? Que relação tem com a adversidade?

A resiliência – capacidade de lidar com problemas, superá-los, crescer e se fortalecer com eles – se relaciona com a adversidade.

Ser resiliente é resistir à adversidade e utilizá-la para o crescimento pessoal.

(*) psicóloga clínica

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