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A que ponto chegamos!

Os jornais do final da última semana deram notícia de um novo Programa Nacional de Direitos Humanos que vem sendo atacado por ministros do próprio Governo

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 14/01/2010 às 19:58Atualizado em 20/12/2022 às 08:34
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Os jornais do final da última semana deram notícia de um novo Programa Nacional de Direitos Humanos que vem sendo atacado por ministros do próprio Governo, além de criticado pela imprensa e também por autoridades da Igreja, não sem razão. O tal Programa contém muitas medidas, algumas delas vagas e controversas.

Entre elas, há as que promovem a tentativa de controlar a imprensa, punindo-a até com a retirada de concessão. Além disto, ressuscita a desagradável polêmica sobre a violenta ação dos militares nos tempos da ditadura, sem rememorar igualmente as loucuras dos planos revolucionários. Isto não obstante a lei da anistia, que felizmente sepultou os erros do passado de ambos os lados.

Muitas destas propostas (como as supracitadas) são polêmicas e muitas outras, genéricas. Até o partido do Governo, de maneira discreta, vem sugerindo um “aprimoramento” das esdrúxulas medidas. Muitas delas devem estupeficar uma pessoa normal, como a louca pretensão de “descriminalização do aborto” e a “legitimação da união civil de pessoas do mesmo sexo”. Um dos bispos do Regional Sul I da CNBB já deu um grito de alerta.

Note-se que os que pretendem legalizar o aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo culpam a Igreja por ser contra, como se a iliceidade destes atos fosse pura questão eclesiástica. E não. Trata-se, no caso do aborto, da própria lei natural que proíbe tirar a vida humana, dom de Deus. Esta lei natural é positivada também pelo mandamento divin “não matar”. Inaceitável pois por todos e não só pela Igreja o que se pretende impor.

Quanto à união civil de pessoas do mesmo sexo, com falso caráter de casamento, é fácil perceber que é algo anti-natural, isto é: contradiz a própria natureza que por isto a Igreja não pode aceitar. Lamentável que o Governo brasileiro tenha enviado ao Congresso este 3º Programa de Direitos Humanos com propostas impossíveis de aceitação e aprovação. Necessário depurar o programa para ser aceito sem objeção de ordem natural e moral.

Deus ilumine a mente dos legisladores e não permita que se reconheça como legítimo o que contradiz a natureza criada por Ele. A que ponto chegamos!

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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