O assunto mais comentado ultimamente nos meios de comunicação é essa
O assunto mais comentado ultimamente nos meios de comunicação é essa "bolha" de créditos podres que provocou tremenda crise financeira internacional, afundando nossos orçamentos.
Não entendo nada de bolsas e operações financeiras. Mas nem por isso deixo de perguntar: Quem é o responsável? A resposta me veio através de um economista americano, Jeffrei Sacks, na Revista da Semana, 13.11.08, p.37. Que o leitor me desculpe se faço uma citação cansativa: "A atual crise econômica ficará na História como resultado dos desatinos de Alan Greenspan." (Para quem não sabe, eu não sabia, esse ilustre senhor Greenspan, filho de judeus, é ex-presidente do Federal Reserve, o banco central americano).
Bem, voltemos à citação de Jeffrei Sacks: "O próprio Greenspan (...) admitiu não ter previsto a bolha do setor imobiliário nem que uma desregulamentação do setor financeiro levaria à concessão de créditos a quem não poderia pagar." É lógico que depois desses créditos imprudentes, Greenspan perdeu o prestígio e os bancos a credibilidade. E nós herdamos o pior.
Tudo isto me faz lembrar de meu professor de Sociologia, na década de 40, em Belo Horizonte. Homem muito culto e perspicaz, fazia comentários históricos muito interessantes. Um deles foi sobre os judeus. Ele os chamava de "o povo mais inteligente na face da Terra". Um povo indestrutível. Desapareceram os sumérios, os assírios, os babilônicos, os macedônios, os romanos. Mas eles não.
Segundo ele, os judeus perderam suas terras, foram expulsos de suas casas, perderam seu Templo, tomaram seus bens, foram disseminados por todo o mundo (diáspora). Nunca deixaram de ser perseguidos, torturados, mortos aos milhões, inclusive pelos cristãos. Desapareceram como Estado, mas continuaram como Nação. Conservaram, consciente ou inconscientemente, a consciência viva de ser um povo escolhido, da aliança feita com Deus desde os tempos de Abraão para ser o povo destinado a manter a fé em Yahweh, o Senhor dos Exércitos, de levar a salvação a todos os povos da Terra. É uma raça unida pela perseguição e pela dor. Mas sempre unidos. Sempre judeus, com uma missão a cumprir. Não poderiam dominar o mundo pelas armas. Dominariam pelas finanças. Controlariam a riqueza. Sua ideologia leva hoje o nome de Capitalismo.
Verdade ou não, mas meu velho professor ainda me faz pensar. Não tenho nenhuma competência para responder, apenas reflito. Lembro-me, então, do que escreveu Arnold Toynbee, o grande historiador inglês: "A História é semelhante a um imenso iceberg. Só vemos dez por cento dele. O resto está mergulhado na escuridão, invisível aos nossos olhos."