MOTIVAÇÃO

Número de pacientes à espera de leitos suspendeu cirurgias eletivas

Na sexta-feira, quando foi decidida a medida de suspender as operações, eram quase 100 pacientes em Uberaba e região à espera de vagas para internações em hospitais

Gisele Barcelos
Publicado em 15/04/2024 às 20:09Atualizado em 16/04/2024 às 07:17
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Alto número de pacientes aguardando vagas em hospitais resultou na decisão de suspender temporariamente as cirurgias eletivas na rede pública. Durante sabatina na Câmara Municipal nesta segunda-feira, integrantes da equipe gestora das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) revelaram que quase 100 pessoas estavam à espera de internação hospitalar na última sexta-feira (12).

Ressaltando que participou da reunião com os representantes da Secretaria Municipal de Saúde no fim da semana, o médico Raelson Batista relatou que a informação repassada é que havia 45 pacientes na região esperando a liberação de leitos clínicos em Uberaba para a transferência e ainda 56 pessoas nas UPAs aguardando vagas em hospitais. “Temos um volume de pacientes graves, críticos, precisando de internação hospitalar e que já estão nas Upas e unidades saúde dos municípios vizinhos”, posicionou.

Raelson ainda informou que a Secretaria de Saúde fez consulta aos hospitais da rede particular e todos estavam também com taxas de ocupação acima de 90%, não havendo possibilidade da Prefeitura contratar leitos em estabelecimentos privados para suprir a demanda.

Conforme o profissional, os pacientes aguardando a vaga para tratamento hospitalar não poderiam esperar a realização das cirurgias eletivas programadas devido ao risco de agravamento do quadro clínico e complicações. Por isso, a Secretaria de Saúde decidiu por suspender os procedimentos eletivos para liberar leitos e viabilizar o atendimento.

Raelson também argumentou que ainda não foi possível identificar a razão do crescimento dos pacientes nas UPAs e nos municípios da região que estão precisando da internação hospitalar. Especificamente em relação às UPAs, a equipe da entidade gestora afirmou aos vereadores que não foi verificado um perfil específico no quadro clínico e não foi observada predominância de casos de dengue ou síndromes respiratórias.

Quanto à abertura de mais leitos, Raelson argumentou que a medida não deve ser discutida antes de confirmar se existe realmente uma falta crônica ou apenas uma situação sazonal. De acordo com ele, é preciso um estudo mais aprofundado porque posteriormente a manutenção dos leitos é complexa.

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