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Pets "diferentões": animais não-convencionais precisam de cuidados diferentes

Rafaella Massa
Rafaella Massa
Publicado em 11/04/2024 às 07:57Atualizado em 22/04/2024 às 10:39
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Hamster também precisam de check-up anual com o veterinário (Foto/Reprodução)

Hamster também precisam de check-up anual com o veterinário (Foto/Reprodução)

Já passou a época em que apenas cães e gatos adentravam as famílias no que hoje chamamos de família multiespécie. Hamsters, coelhos, pássaros e até tartarugas, cada vez mais, diferentes espécies invadem esse âmbito, ocupando espaços como membros familiares. No entanto, uma coisa que não os diferencia das outras espécies é a necessidade de cuidados. A coluna MUNDO PET desta semana conta um pouco sobre o trato desses bichinhos.

Segundo o médico veterinário Cláudio Yudi, a principal diferença no cuidado com esses animais é justamente o fato de serem espécies diferentes. Ou seja, a anatomia, a fisiologia e a forma de administrar também são alteradas. Por isso, existem especialistas voltados para animais silvestres, exóticos e domésticos não convencionais.

“Dentro desses animais há toda uma estrutura diferente, no sentido de que a anatomia e a localização dos órgãos podem variar, assim como alguns detalhes de cada espécie. Então, você precisa entender de coelho, hamster, porquinho-da-índia, aves. O estudo é mais complexo, além disso, o peso é diferente. Normalmente, esses animais têm um peso inferior. Por exemplo, um hamster pode ter 50 gramas, uma calopsita 70 gramas, diferente de um cão que pode chegar a 70 quilos no máximo, ou um gato com uma média de dois quilos e meio a três quilos”, explica.

Já as semelhanças estão nos medicamentos utilizados entre as espécies. Yudi exemplifica com a dipirona, analgésico que é uma opção tanto para cães e gatos quanto para hamsters e coelhos. A diferença está na dosagem, que varia conforme as especificidades dos animais. “Existem no mercado os mesmos medicamentos que podem ser usados em cães e gatos, também podem ser usados em outros animais. Porém, em doses diferentes e formas diferentes de administrar. Às vezes, o que pode ser dado injetável no cão, precisa ser oral no coelho, por exemplo. Então, não existe uma droga específica para coelho, uma droga específica para hamster. Normalmente, são os mesmos medicamentos”, esclarece o médico veterinário.

É válido citar que esses animais também devem fazer visitas ao veterinário. O aconselhável é que seja realizado um check-up anual, que inclua o exame físico. “O manejo desses animais é diferente, tanto alimentar quanto no comportamento. Por exemplo, no caso do porquinho-da-índia, ele precisa de uma toca, porque gosta de se esconder. Ele precisa comer muita verdura, devido ao seu tipo de intestino, assim como coelho. Então, existe uma alimentação adequada, ração adequada. É importante que sempre procure o médico veterinário, porque ele vai ensinar o manejo desse animal. Não existe vacina, como no caso de cães e gatos, mas é legal pesar esses animais todos os anos, acompanhar as penas no caso das aves, os pelos”, explica.

Cláudio Yudi explica que alguns animais já foram considerados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de exóticos para domésticos, inclusive devido ao comércio e fiscalização. “Por exemplo, o avestruz era considerado exótico, hoje ele é considerado como doméstico. Se você tem uma ema ou um avestruz em casa, você tem que ter uma nota fiscal de onde adquiriu, senão também é um comércio ilegal”, orienta.

SÓ RECLAMAÇÃO
A vereadora Denise Max pede maior atenção com gatos que estão em imóveis desabitados em Uberaba. Na visão dela, nos últimos tempos, há uma agenda permanente contra gatos e colônias desses animais. Ela fez a manifestação esta semana, após mais um caso de reclamação que partiu de vizinhos a antiga sede da Fundação Cultural de Uberaba. “Esses gatos estão nesse imóvel há 15 anos. As pessoas que estão reclamando deveriam ajudar. Engraçado que de uns tempos para cá todos reclamam de colônias de gatos, é lamentável”.

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