MUNDO PET

Bota casaco, tira casaco: como a mudança de temperatura afeta os pets

Rafaella Massa
Rafaella Massa
Publicado em 28/03/2024 às 16:04Atualizado em 28/03/2024 às 18:37
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Neste mês de março nos despedimos do verão e demos ‘Olá’ para o outono. A mudança climática já é sentida por todos, até mesmo os pets. Afinal, o ambiente até então seco e quente dá espaço para um clima frio e chuvoso. Pensando nisso, a coluna MUNDO PET traz dicas de como enfrentar ambos os climas. 

A médica veterinária Bruna Santos explica que tanto a temperatura alta quanto baixa tem grande influência sobre a saúde dos animais de estimação. O calor, principalmente, pode causar grande sofrimento aos cães e gatos cheios de pelos. A alta temperatura pode causar hipertermia e até mesmo a morte.“Algumas pessoas podem ter percebido que nos dias mais quentes o pet ficou babando mais do que o normal, ofegante, sem apetite durante o dia e língua para fora, isso pode ser os efeitos do calor. Quando ocorre essa mudança climática temos que garantir o bem-estar, e para isso precisamos adotar medidas para proporcionar conforto para eles”, afirma. 

Algumas medidas em relação à ventilação do ambiente devem ser tomadas, para evitar que problemas graves atinjam os animais. “Ventiladores ligados ou casa fechada e ar condicionado ligado, água fresca por todos os lugares onde o pet goste de ficar e trocá-la várias vezes ao dia, oferecer sorvete de frutas além de hidratação, enriquece o ambiente do pet. Animais com excesso de pelos e que exista a indicação de tosa, podem ser tosados ou realizar a diminuição da densidade para auxiliar na termorregulação. Além de existir acessórios como o tapete gelado que refresca e reduz o sofrimento pelo calor”, aconselha Bruna.

Mas não é só a alta temperatura que pode fazer mal aos pets, a baixa temperatura também. Segundo Bruna, com a chegada do frio, os tutores devem se preocupar com a baixa imunidade do animal, pois isso o deixa vulnerável a doenças respiratórias e infectocontagiosas. 

“A sensibilidade pode variar de acordo com a idade, histórico médico, espécie,  pelagem e porte físico do pet. Apesar de cães e gatos serem animais endotérmicos, e conseguirem regular e manter a temperatura corporal, temos que nos atentar e protegê-lo do frio. Quando a temperatura cai ocorre um maior gasto energético do próprio organismo para poder manter a termorregulação, ocorrendo a deficiência imunológica e com isso ficam mais susceptíveis a doenças infecciosas e respiratórias”, explica. 

Algumas dicas que podem evitar o adoecimento do seu pet são: agasalhos próprios, deixá-los em locais aquecido e protegido de corrente de ar, evitar ao máximo deixá-los molhados, manejo nutricional adequado, hidratação, vacinas em dia, cuidados extra com idosos e filhotes, e sempre se atentar às recomendações de tosa, pois além do comprimento, a espessura e densidade são responsáveis por ajudar na termorregulação. 

“Caso seja necessário a tosa curta, lembre-se de protegê-lo com roupinhas próprias. E mesmo com todo o cuidado tanto nas altas temperaturas como na baixa, temos sempre que realizar o acompanhamento veterinário e check-up diário para prevenir doenças que podem ser confundidas com mal-estar causado pela mudança climática”, finaliza.

LEI MUNICIPAL
A vereadora Denise Max afirma que é necessário difundir com maior afinco a Lei do Cão e Gato comunitário, que permite alimentar animais errantes. A legislação municipal prevê que pode ser feita colocada ração para animais a até 150 metros da porta de estabelecimentos de saúde como postos, unidades, ambulatórios e clínicas que exerçam atividades de diagnóstico e tratamento.

A Lei Municipal do Cão e Gato Comunitário foi instituída em 2016 (Foto/Divulgação)

A Lei Municipal do Cão e Gato Comunitário foi instituída em 2016 (Foto/Divulgação)

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