EVOLUIU PARA TRÁS

Sindicato estima adesão de mais de 50% à greve nacional no IFTM

Algumas unidades da instituição suspenderam o calendário de atividades, em virtude do movimento, de nível nacional

Rafaella Massa
Publicado em 15/04/2024 às 12:01Atualizado em 15/04/2024 às 22:12
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Os campi de Uberaba estão em greve. Um suspendeu o calendário por tempo indeterminado, enquanto o outro decidiu não seguir a mesma medida (Foto/Divulgação)

Os campi de Uberaba estão em greve. Um suspendeu o calendário por tempo indeterminado, enquanto o outro decidiu não seguir a mesma medida (Foto/Divulgação)

A seção de Uberaba do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) estima adesão de mais de 50% à greve nacional dos professores do IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro). A mobilização foi deflagrada na terça-feira (9), após o início da paralisação em âmbito nacional.

O líder sindical da seção de Uberaba, Paulo Biulchi, aponta que a suspensão do calendário escolar indica um nível elevado de adesão, a partir da interrupção das atividades. "Acreditamos que, com a suspensão do calendário, isso só ocorreu porque mais de 50% dos técnicos administrativos e dos docentes aderiram à greve, levando a gestão do instituto a entender que não haveria possibilidade de continuar o calendário com uma minoria presente”, afirma.

Biulchi ainda explica que a greve deve continuar enquanto as negociações a nível federal não tiverem uma conclusão satisfatória. Há expectativa de que nesta semana os comandos de greve e a executiva nacional voltem a se reunir com o Governo Federal para abordar as reivindicações e começar a negociar.

A expectativa do Sinasefe é que o governo compreenda que as reivindicações vão além da recomposição salarial. “Na realidade, estamos planejando muito mais a recomposição do que o aumento salarial, porque as perdas nos últimos anos foram muito grandes, principalmente no setor dos técnicos administrativos, que compreendem todo o pessoal de apoio da educação e os docentes. Estamos pleiteando, além disso tudo, recursos para as instituições, para a recomposição de infraestrutura, material e equipamento, para o professor poder ministrar uma aula de qualidade, considerando que somos educadores da área profissionalizante”, complementa.

O reitor do IFTM, Marcelo Ponciano, informou que os dois campi de Uberaba estão em greve, mas um suspendeu o calendário por tempo indeterminado, enquanto o outro decidiu não seguir a mesma medida. “Haverá uma reunião amanhã para tratar sobre isso, mas a expectativa é de que a adesão à greve, nesse campo específico, não seja tão grande”, explica. Outras unidades do Triângulo, como Patrocínio, Ituiutaba e Uberlândia, também suspenderam as atividades.

Ainda, Ponciano informa que o Campus Fazenda, na Univerdecidade, conta com maior adesão. “Teremos uma reunião hoje com o comitê de crise, juntamente com os sindicatos e comandos de greve do Instituto. Essa reunião é a continuação de uma reunião que realizamos na semana passada com eles, onde propusemos um acordo prévio de greve, para garantir a reposição das aulas e manter os serviços essenciais, e estabelecer os serviços essenciais”, complementa.

UFTM. A Associação de Docentes da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ainda não deliberou sobre a greve, conforme o presidente Wendell Meira. Ao Jornal da Manhã, Meira informou que a última reunião do sindicato não foi deliberativa. A votação para adesão deve ocorrer nos dias 24 ou 25 de abril.

“Foi discutido, foi exposto todo o problema, toda a situação, houve muito debate e tudo, mas vamos marcar uma próxima Assembleia, que deve ser no dia 24 ou 25, onde a pauta será a votação do indicativo de greve com data”, pontua Wendell.

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